A ideia deste artigo não é ser extensivo em todos os pontos importantes para a manutenção do caixa numa empresa neste momento de estresse financeiro para muitos empreendedores, como nos dias de hoje, mas sim abordar os principais temas que fazem parte das decisões diárias de empresários e que vemos como vitoriosas para a manutenção do caixa. A saúde da empresa passa pela gestão financeira.
Os principais pontos de atenção nas empresas que analisamos recentemente são: queda da demanda pelos seus produtos e do tíquete médio; aumento dos custos, matérias primas e serviços; aumento de juros e pressão no capital de giro.
Esses pontos referem-se à demanda mais fraca dos seus produtos por um lado, à tentativa de repasse de custos por outro e a um aumento do prazo de recebimento de clientes e redução do prazo de pagamento para fornecedores. Em processos de reestruturação como esses, sugerimos começar através da adequação da empresa à nova demanda do mercado. Com a queda da receita dos clientes, é preciso ajustar os estoques e capacidade produtiva.
Os ajustes nos estoques são mais simples e poderão reduzir a pressão no caixa no curto prazo. Já os ajustes da capacidade produtiva da empresa são mais difíceis, pois envolvem demissões, férias de pessoal e redução do uso da capacidade instalada da empresa, como máquinas e equipamentos para a produção.
Negociação contínua com os atuais fornecedores é fundamental, para que a área de compras da empresa seja bastante ativa, pois poderá representar economias de 10% a 15% em média, segundo dados de empresas que analisamos.
O custo das dívidas com bancos deverá ter atenção da área financeira da empresa, uma vez que, com a economia em ritmo de retração e com o aumento da inadimplência nos bancos, é esperado o aumento de juros, com impacto direto no caixa.