A Black Friday cresce a cada ano e vem aumentando cada vez mais sua presença no Brasil. Para as varejistas, a data já se estabeleceu como um evento comercial de referência e os consumidores aguardam a sua chegada para aproveitar as melhores ofertas disponíveis.
Uma pesquisa feita pelo Tiendeo.com.br, plataforma de ofertas e catálogos geolocalizados, aponta que cerca de 34% dos brasileiros farão suas compras da Black Friday exclusivamente através do canal online, e que a mesma quantidade pretende alternar entre lojas online e físicas.
Além disso, sete em cada dez consumidores utilizarão ferramentas on-line para saber mais sobre as ofertas disponíveis da Black Friday antes de fazer suas compras.
Portanto, a forma como sua empresa vai se apresentar e agir nesta época do ano vai fazer diferença em relação a como os consumidores reconhecem sua marca, em especial aqueles que nunca compraram antes na sua loja.
Para aproveitar ao máximo essa oportunidade e captar novos clientes, listamos quatro pontos que devem ser levados em consideração na estruturação do planejamento estratégico:
ACERTE O PICO DE VENDAS
Embora seja interessante alongar o período de ofertas para quase todo o mês de novembro, é esperado um maior fluxo de consumidores entre os dias 23 e 24 de novembro.
Portanto, é muito importante mapear o pico de vendas das edições passadas para prever, especialmente, o primeiro e segundo horário com os maiores números de aquisições.
De acordo com Alessandro Gil, chief experience officer da VTEX, as duas primeiras semanas de novembro registram queda de 20% nas vendas, na comparação com a primeira quinzena de outubro. Ou seja, os consumidores deixem de consumir nesse período, justamente à espera das promoções.
Em 2017, por exemplo, no dia da Black Friday, houve três horários nos quais as vendas alcançaram seu ápice: da meia-noite à 01h, das 12h às 14h, e das 23h às 23h59. Estes três picos acumularam 40% do total de vendas convertidas no dia. De acordo com Gil, neste ano, às 20h do dia 23/11 deve dar início ao maior movimento de compras e pesquisas.
NÃO SE ESQUEÇA DOS ADIANTADOS
Como é comum algumas pessoas começarem a busca por promoções na internet algumas semanas antes da Black Friday, pode ser interessante começar a liberar alguns descontos antes da data, ou então, comunicar aos consumidores que a marca irá participar do evento, antecipando a margem de descontos que será oferecida ou até mesmo a categoria de produtos que será contemplada.
Nesse contexto, crie campanhas de marketing específicas para as semanas anteriores e coloque em prática ações de marketing para ampliar a visibilidade da sua marca. Utilize as redes sociais para que o público entre em contato com as ofertas da loja.
“Deixe-os saber sobre as ações que estão por vir na sua loja virtual”, diz Gil.
LIQUIDAR OU NÃO?
Um dos grandes desafios da Black Friday é o estoque e logística. Muitas empresas prometem o que não podem cumprir. Pense bem nos produtos que vai oferecer e se realmente vale a pena incluí-los na sua estratégia.
As margens no varejo já costumam ser apertadas, portanto para que os descontos compensem, o empresário precisa ter planejamento.
Eduardo Fleury, country manager do KAYAK, empresa de pesquisa on-line de viagens, levanta algumas reflexões: Vale a pena colocar em promoção um produto que já venderia normalmente? É inteligente dar 50% de desconto num item para o qual não há estoque suficiente? Quão importante é dar desconto num produto que venderia pelo preço normal?
Garantir uma boa experiência de compra, do primeiro acesso à entrega, é o básico neste momento. Se não houve planejamento, é melhor deixar para a próxima.
APOSTE NO MOBILE
Um estudo realizado pelo Facebook em parceria com a E-bit, evidenciou que 80% dos brasileiros têm intenção de fazer compras nesse período e que 59% dos consumidores irão comprar produtos para si mesmos, ao contrário de outras datas como Dia das Mães e Natal que a intenção é presentear.
Neste cenário, Gustavo Sávio Trilho, partner manager do Facebook, diz que com os clientes online quase que 24 horas por dia, é fundamental que a marca interaja com o consumidor constantemente.
“Os consumidores têm o poder nas mãos, pois o mobile guia as decisões de compras seja qual for o canal escolhido. A força das redes sociais é inegável”, diz.
No Brasil, 75% dos consumidores concordam que o Facebook, através do feed de notícias, traz inspirações para as compras de fim de ano. Antes de ir à loja, 54% das pessoas utilizam o smartphone para se informar sobre oferta de produtos e 43% concordam que utilizar o mobile é mais conveniente do que ir à loja.